Congressistas falam em meta "realista" como foco; ministro não joga a toalha. O núcleo duro da base de apoio do governo Lula (PT) no Congresso já fala abertamente em uma meta de déficit fiscal classificada como "realista" de ao menos 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, num revés para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Parlamentares ouvidos pelo blog reconhecem que a batalha travada por Haddad é importante e carregada de simbolismo, em especial para o mercado, mas dizem que, diante do cenário, o déficit zero seria "impraticável".
Aliados do ministro, por sua vez, dizem que Haddad está "pregando no deserto" e preveem um fim de ano difícil.
Na segunda (30(, Haddad escorregou e perdeu a primeira batalha de comunicação pública, sendo ríspido na entrevista coletiva chamada por ele após a declaração pública de Lula sobre a dificuldade de fixar o déficit zero como meta fiscal para 2024.
A queda de braço travada pelo ministro dentro do governo e do Congresso pela meta travou a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, uma espécie de prévia do Orçamento de 2024.
Por isso, o governo chega ao fim do ano tendo de patrocinar a votação dos dois projetos importantíssimos diante de um Congresso que não esconde o apetite por cargos e emendas.